Chamada inicial para os trabalhos da #SOJA da bolsa em Chicago CBOT nesse domingo era de 2 a 5 de baixa.
Eu mesma me fiz um questionamento. Quem recebeu meu breve comentário de ontem, domingo é prova disso. Eu me perguntei: Será? Será mesmo que Chicago vem em baixa?
Na justificativa da alta pode-se dizer que o interesse dos fundos pelo “impacto altista” da produtividade de soja e milho divulgada pelo ProFarmer no último dia de trabalho de crop tour tinha lá seu encanto. Mas o que mais “animou” o mercado foi a fala de Trump durante a reunião do G7, que aconteceu na França. Ele afirmou ter falado via telefone com China que o teria procurado para retornar as tratativas para chegar a um acordo comercial. E aí novamente eu me questiono: Será? Será mesmo que falou?
E como nenhuma declaração de Trump é simples ou 100% sopro, Trump foi Trump, ao afirmar que a China perde muito com a Guerra Comercial, mas que “agora” os países “estão se dando bem”. Isso passados apenas 2 dias das decisões conflituosas que refletiram perdas nos mercados financeiros mundo afora.
Não podemos esquecer que na sexta fatídica China determinou a taxação de mais 5% sobre produtos de origem americana e na sequência veio a retaliação dos Estados Unidos que vieram paticamente de modo instantâneo.
Se o “tal” contato telefônico chines for desmentido, o mercado não tem no momento atual outros fundamentos positivos a processar. Vale relembrar que nos últimos tuítes de Trump ao afirmar sobre estar sendo procurado pela China que quer um acordo comercial, foi desmentido pela China em 24 horas.
Se formos analisar por essa linha, de continuidade da Guerra Comercial, o viés passa a ser bem negativo para as cotações da soja mas se mantem positivo para a escalada dos prêmios na América do Sul.
Demanda – Mesmo com área menor e produtividade mais baixa, os estoques nos Estados Unidos ainda assim continuaram desconfortavelmente altos. A China continuaria fora das compras lá.
Clima – As condições climáticas no meio oeste dos Estados Unidos mostram-se favorável às lavouras. As temperaturas não são altas e na maior parte do meio oeste registra umidade adequada.
Com o atraso das lavouras devido as chuvas de abril, maio e junho, há que se monitorar o fundamento Clima. Embora estejamos na última semana de agosto, o mercado climático ainda poderá fazer a diferença nas próximas 3 semanas.
Falta de chuvas, temperaturas baixas, previsão de geadas são temas que correm nos bastidores de Chicago e são motivos de especulação dos fundos de investimento. Então, vale acompanhar as atualizações dos modelos climáticos americano e europeu, que há dias seguem em sintonia prevendo chuvas entre 10 a 30 milímetros para os próximos 7 dias combinadas com temperaturas mais baixas. Nesse momento essas temperaturas mais baixas apenas retardam o desenvolvimento das lavouras.
Crop Tour – Vamos acompanhar também as informações do o Crop Tour da Labhoro que iniciou no sábado, dia 25.
Prêmios – No Brasil os prêmios base exportação seguem firmes. Encerramos a semana anterior com negócios em $150 over no spot e 50 over no fevereiro e aí eu me pego questionando se não é hora das tradings reverem suas estratégias para as compras da safra nova. Muitas delas vinham retardando essa decisão. Talvez o azedume das tratativas comerciais entre EUA e China na última sexta feira, as façam mudar de opinião.
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