Considerando que o agronegócio é referência para a economia brasileira, precisamos mais do que nunca mudar esta realidade e com urgência
02 de maio de 2021
Pela primeira vez como uma powerspeaker, participei na semana do dia 23 de abril, juntamente com mais 8 palestrantes brasileiras de diferentes áreas de expertise, do Power Day 21, evento criado para dar voz através de palestras em formato descontraído à profissionais mulheres que são autoridades em suas áreas.
Representar o agro, estando ao lado destas profissionais na vitrine de um evento cujo objetivo era chamar atenção para o atual desperdício dos recursos femininos nos eventos no mundo corporativo.
Afinal, os palcos brasileiros estão carentes de referências mulheres e isso ocorre não apenas no agro, mas em muitos outros setores como educação, saúde, na administração/gestão, na ciência, no direito, enfim.
No entanto, se considerarmos que o que agronegócio é referência para a economia brasileira, precisamos mais do que nunca mudar esta realidade e com urgência.
Se queremos um país cada vez mais respeitoso e inclusivo, eu insisto em perguntar: onde estão as nossas mulheres, as mulheres do Agro?
Sabemos que elas estão dentro e fora da porteira, atuando bravamente, estudando, buscando capacitação, mentoria e consultoria. Sabemos que elas são inovadoras, que adoram tecnologia e sustentabilidade. Que estão abertas ao novo, que prestigiam e divulgam eventos, que se unem e compartilham conhecimento.
Mas, algo no nosso setor é muito comum: os palcos dos eventos agro ainda são predominantemente masculinos. Eu, pessoalmente, ainda participo de eventos onde profissionais mulheres não estão nos holofotes ministrando uma aula ou abrindo ou finalizando um evento. Também não foram poucas as vezes que como convidada a palestrar ou debater em um painel eu era a única mulher em um palco lotado de especialistas homens.
Se o que queremos é diversidade e é chegada a hora deste despertar. A diversidade não virá sem a pluralidade em todos os nichos. É impossível que não haja neste nosso Brasil nomes de peso que confiram o equilíbrio nas feiras agrícolas, nos congressos, convenções. Afinal mulheres não falam apenas de temas específicos, falam, entendem, se especializam e se destacam sobretudo.
É preciso darmos 2, 3 passos à frente com rapidez, sob pena do nosso setor que é referência e orgulho nacional ficar para trás nesse quesito.
Durante o Power Day 21 eu poderia ter falado sobre tendência de preços para a soja na bolsa de Chicago, cenários para o milho safrinha ou sobre mas preferi falar sobre o poder e a força das Mulheres do Agro, que foi uma das palestras que mais vendi em 2020, justamente porque entendi que ali naquele momento o objetivo era motivar e valorizar profissionais que estão no setor dentro e fora da porteira para que elas continuem focadas e estimuladas em construir um agro cada vez mais forte, produtivo, destacado e sustentável.
Vamos lá mulheres desse meu Brasil, vamos assumir nosso papel, nosso protagonismo e ajudar a fazer a diferença no país.
Se quiser saber mais sobre o movimento e saber como foi o evento, passa lá no perfil @powerspeakeroficial no instagram, recomendo!
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