07 de abril o Dia do Jornalista.
Eu jamais poderia deixar de registrar aqui o quão importante esses profissionais são para o Agro, setor que eu trabalho e quanto são importantes para mim.
Vocês como profissionais que atuam no segmento fora da porteira, assim como eu, têm a importante missão de levar informação e conhecimento, com isso contribuindo e colaborando com um dos grandes desafios que o setor se depara: a Comunicação.
Em meus 24 anos dentro do Agro tive a sorte de estar próxima a grandes comunicadores, seja trocando informações, fomentando idéias ou partilhando conceitos, dúvidas e linhas de pensamento. Recebi e recebo espaço, apoio e conquistei amizades de muitos e falar o nome de todos aqui me levaria a cilada de esquecer nomes importantes de profissionais com os quais não converso por estarem em outras áreas ou terem saído do jornalismo, mas quero agradecer a todos o respeito que sempre tiveram por mim, através dessa história que recebi hoje da Agro jornalista Carla Mendes. Sintam-se abraçados.
Andrea Cordeiro
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“Eu nasci em 15 de dezembro de 1985. Eram 23h45, quando ainda havia horário de verão, e talvez neste dia todos os astros estivessem tão alinhados e decididos em me tornar uma jornalista que essa foi a decisão mais firme que eu já tomei na minha vida. Mesmo. Eu nasci no mesmo dia do Sr. Carlos Alberto, meu pai. Ele nos deixou quando eu tinha apenas um ano, mas um legado imenso ficou no meu coração, na minha mente e em lembranças que eu, sinceramente, não consigo me lembrar, mas que eu sei que estão aqui.
E por que você está nos contando isso tudo, Carla Mendes? Porque em uma sessão de terapia com uma das profissionais mais sensíveis que eu já tive o prazer de encontrar nessa trajetória, ela me disse com todas as letras e clareza que eu jamais havia escutado: Carla, quem te deixou o legado da comunicação foi o seu pai! Da comunicação eficiente, direta, mas, principalmente, da forma de se comunicar com ALEGRIA. Você veio para comunicar soluções ao mundo.
Deste dia em diante, minha visão sobre minha escolha em ser jornalista mudou completamente e ganhou ainda mais força frente a esta constatação. É herança, legado, missão e propósito. É onde minha essência e a facilidade que eu tenho com as palavras – sejam elas escritas ou faladas – ajudam outras pessoas, contribuem para outras vidas, contam histórias que mudam histórias. É onde, sendo a melhor parte de mim, eu assumo um papel de informar para mudar o mundo até onde eu posso.
Escrevendo ou falando, é onde me reencontro com o meu pai e onde sou tomada pela habilidade que ele tinha de se comunicar como ninguém, com uma intensidade que quem teve o prazer de ver ao vivo e a cores diz que jamais se viu igual. É onde posso onde mais me sinto filha dele, desde que essa grande terapeuta cruzou meu caminho.
Mais do que isso, ela me disse ainda que ao lado do legado e da missão que ele me deixou, minha força e coragem todinhas vieram da minha mãe, dona Eliana. Que mulher, senhoras e senhores! E talvez por essa força tamanha que meu caminho me trouxe ao agronegócio. Um setor ainda predominantemente masculino, mas que me acolheu com tanto respeito, apoio e estímulo que eu fico feliz em não ter uma história triste para contar de preconceito ou descrédito. Óbvio que eu tive meus momentos, mas nunca dentro da minha redação.
São 13 anos de profissão e 11 de carreira como jornalista do Notícias Agrícolas. Ingressei no portal como estagiária, passei a repórter, editora de conteúdo até chegar a editora chefe, que é onde estou hoje. Foi um caminho onde eu estive, o tempo todo, lado a lado com meus chefes e mentores, todos homens. E grandes homens.
Ao meu lado estiveram, portanto, João Batista Olivi – o maior jornalista que a agropecuária brasileira já viu – Aleksander Horta e Daniel Olivi. Juntos caminhamos e se uniu a nós a super Ana Paula Olivi, e seguimos com a missão de construir, tijolo por tijolo, notícia por notícia, o maior portal especializado em agronegócio da América Latina. Acessado em mais de 60 países.
Hoje, depois de 20 anos do NA, temos um time majoritariamente feminino, com jovens profissionais – não só no jornalismo – que são tão estimuladas e valorizadas quanto eu fui. São profissionais que encontraram no agronegócio o mesmo combustível que eu encontrei há 11 anos e que me abastece diariamente. Respeito é nossa base. E sempre foi. E continuará sendo. Sei disso.
E meu pai, que é um incansável em me mostrar que esse é mesmo meu caminho, escolhe pessoas, sem que elas saibam, para me lembrar disso. Neste 7 de abril de 2020, DIA DO JORNALISTA, um produtor rural de Tupanciretã, no Rio Grande do Sul, e por quem tenho imenso carinho e admiração, me ligou para dar os parabéns e me disse: Carla, hoje quem comunica no AGRO é a MULHER. Ela faz isso de maneira moderna, diferenciada, com outra visão e somos muito gratos.
Eu, segurando a emoção, agradeci, agradeci e agradeci. A ele, aos meus pais, a Deus, aos meus chefes e às grandes mulheres que o agronegócio me apresentou e me ajudaram a chegar até aqui. E a todas vocês, dedico meus dias de jornalismo responsável, de qualidade, de comprometimento e dedicação. Obrigada. Que sigamos unidos, sempre segregando menos e agregando mais. Tenho muito orgulho de trabalhar para vocês, profissionais do campo. “
Carla Mendes
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