Mais uma semana passou e tudo aquilo que foi dado como certo não foi confirmado. O acordo da fase 1, até então publicamente anunciado como costurado, ainda não foi oficializado.
Os preços da soja nessa semana encerraram praticamente estáveis frente à semana anterior. Analisando isoladamente o movimento dessa sexta feira, o grão cedeu aproximadamente 12 centavos no contrato janeiro, pela sensação de frustação do mercado pela ausência de compras chinesas.
Durante o dia o mercado monitorou o movimento de negociadores norte-americanos e chineses em estabelecer o acordo comercial Fase 1. Essas conversas adicionais ocorrem antes de uma reunião prevista para acontecer no Chile em novembro entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump.
Segundo o que se processa é que após as conversas telefônicas ocorridas nessa sexta feira, 25, autoridades de comércio dos dois países estão próximos de finalizar “pontos” do acordo.
As conversas, confirmadas pelo escritório da pasta do Comércio dos Estados Unidos envolveram a participação do Representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, o Secretário do Tesouro norte americano, Steven Mnuchin e o Vice Primeiro Ministro da China, Liu He.
A cada dia que o acordo tarda a ser oficializado e a China não oficializa compras de produtos dos Estados Unidos, significa dizer que os preços ficam vulneráveis à medida que nos Estados Unidos os produtores aceleram os trabalhos de colheita enquanto que no Brasil e Argentina os trabalhos de plantio evoluem, favorecidos pelas chuvas recentes.
Se não confirmado o acordo da fase 1, muito improvável que China retorne ao mercado de grãos e carne dos Estados Unidos num futuro próximo.
Em caso de retomada de demanda, as vendas represadas de produtos Norte Americanos encontrariam um ponto de equilíbrio. Os produtores aproveitariam o momento para realizar vendas e baixar estoques físicos, lembrando que os americanos ainda tem em silos próprios ou de terceiros parte de sua produção da temporada passada.
Vamos ver o que essa semana nos reserva.
Até agora o que sabemos que existem muita “falação” e pouca ação concreta.
Enquanto isso o Brasil, neutro perante os conflitos entre os dois países, continua focando na estratégia polítca de reforçar os laços comerciais com China e abrir mercados novos.
Em nova missão à Ásia, o Brasil, representado pela Ministra Tereza Cristina e sua comitiva, reiterou ao Ministro da Agricultura e assuntos rurais da China na última quarta-feira que o Brasil tem interesse em manter a parceria como país provedor de produtos agropecuários.
O Brasil adota postura neutra nos conflitos da guerra comercial, mas segue acompanhando as oportunidades para aumentar a participação como exportador grãos, cereais, fibras e carnes,
Em 2018 China comprou o equivalente a US$ 31 bi em produtos agro de origem brasileira.
O saldo dessa segunda visita rendeu ao Brasil garantiu acordos sanitários para exportação de carne termo processada e algodão
Uma excelente semana de ótimas oportunidades e negócios a todos nós.
Um abraço
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