13 de dezembro de 2024

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Educação como a Base da Transformação

Temos um costume no Brasil de usar a seguinte expressão: “Pior do que está não fica”!

Talvez essa expressão traduza o viés esperançoso do nosso povo brasileiro, mas sabemos que a afirmação é não retrata a verdade.

O que está ruim pode piorar, sim! Findamos uma semana repleta de notícias sobre crise econômica e política cuja cereja do bolo foi algo que passou batido por muitos de nós brasileiros.

O  Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) foi divulgado nessa nesta sexta-feira, 14. Pelo terceiro ano seguido o Brasil amarga a 79ª colocação no estudo que considera um total de 189 e talvez alguns de nós mais otimistas afirme: “Pelo menos não foi pior e o Brasil não caiu no levantamento! Estamos na posição de número 79.”

Mas se continuarmos com essa linha de pensamento será cada vez mais difícil mudar nossa cultura. Os números retratam um cenário com buracos cada vez maiores entre o real e o ideal.

O Brasil, essa nação com um povo tão incrível está ficando para trás em muitos pontos. Em educação, saúde e renda! Estamos padecendo, piorando e “emburrecendo” a cada dia! E isso é Fato!

Detalhando aqui alguns dos números, você vai entender o que estou a dizer .

Antes você só precisa saber que o IDH vai de 0 a 1 e leva em conta dados e indicadores de Educação, Saúde e Renda.

O país que encabeça o ranking  IDH de 2018 é Noruega com 0,953, seguido de Suíça, Austrália, Irlanda e Alemanha, com pontuação oscilando entre 0,944 a 0,936. agora adivinha a nota do Brasil…

0,759

Embora essa nota nos faça figurar na categoria “alta”não quer dizer lá grandes coisas.

Em 2017 nossa pontuação foi 0,758.

Otimistas falarão: Uhuuuuu, o Brasil melhorou!

Em setores isolados como saúde e renda isso até procede.

Mas em educação ficamos estagnados. Quer ver só como choca? Aqui na América do Sul, o Brasil registra o 5º maior IDH. Estamos atrás do Chile, Argentina, Uruguai e pasmem!!!!! Venezuela, ou seja a média de estudo do brasileiro(a) é menor que a do Venezuelano(a).

Com uma expectativa de vida de 75,7 anos, o brasileiro(a) tem há 3 anos a mesma expectativa de escolaridade: a de 15,4 anos. Mas a média de estudo real é de apenas 7,8 anos por brasileiro(a). Só aí da pra se perceber o enorme espaço entre 2 mundos.

O levantamento também mediu as desigualdades. E nesse quesito o Brasil simplesmente despencou no ranking ao perder 17 posições, cedendo de 0,759 para 0,578. Índice que isoladamente nos rebaixaria para uma categoria intermediaria de avaliação.

Somente nesse quesito temos um recuo de quase 24 % no IDH  e juntamente com Paraguai ( 25,5) e Bolívia (25,8) fomos os que mais perdemos classificação na América do Sul.

No item Má distribuição de Renda, temos nossa pior medição – 0,471. Desigualdade educacional vem em segundo com 0,535 e na sequência expectativa de Vida 0,765.

Na medição de Índices de Desenvolvimento de Gênero, mais uma vez os números confirmam que as Mulheres têm uma expectativa de estudo e média de estudo efetivo maior que os homens, mas registra uma renda bruta menor que a dos homens.

Nós brasileiras temos 15,9 anos de expectativa de estudo enquanto os homens tem 14.9. Nós estudamos 8 anos, contra 7,7 e ganhamos quase 43 % a menos que os homens. Nesse segmento os países estão divididos em 5 grupos que vão de 01 a 05, sendo o 01 é o menos desenvolvido e o 05 o mais desenvolvido. E devido às altas notas das mulheres o Brasil foi avaliado no grupo 01.

Índice de Desigualdade de Gênero, que considera o papel das Mulheres em 160 países, o Brasil registra a 94ª posição, explicitando o tanto de chão que ainda temos para percorrer.  Nessa avaliação a variação vai de 0 a 1. Estamos em 0,407 e quanto mais próximo ao 0 ( zero) mais bem avaliado o país.

Nas diferenças de gênero, o estudo apontou que o Brasil registra a pior performance da América do Sul no quadro político com apenas 11,3% das vagas do Congresso Nacional são ocupadas por Mulheres. Pois é, realmente temos um longo caminho a percorrer.

Analisando esses dados e sabendo que educação é a base para qualquer mudança , não temos como não afirmar que não há transformação sem darmos ao povo/cidadão brasileiro a ferramenta mais milagrosa e preciosa que existe: O Conhecimento.

Uma nação empoderada, com uma economia fortalecida e com menos desigualdades é uma nação cujos governantes priorizam investimentos em EDUCAÇÃO!

Estudo, Educação, Conhecimento são pontos de partida para cidadãos que sabem o que querem e sabem cobrar seus dirigentes.

E um povo Educado, Culto é um povo que não se contenta com menos, com pouco.

É uma nação que com Valores luta por outras conquistas como Segurança, Saúde, Tecnologia, Infraestrutura.

Então, invista nesse ponto e priorize a Educação em sua vida e na dos seus familiares. Não seremos parte de uma nação rica se não mudarmos nós também nossa maneira de pensar e agir! Então estude, estude, estude!

Eu te vejo na semana que vem,

Um abraço,

Andrea Cordeiro

Para saber mais vide links:

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/09/14/brasil-tem-pequena-melhora-no-idh-mas-segue-estagnado-no-79lugar-em-ranking-global.ghtml

https://veja.abril.com.br/economia/brasil-fica-estagnado-em-79o-lugar-no-ranking-de-desenvolvimento-humano/

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