Lançamento das Diretrizes para Atendimento em Casos de Violência de Gênero contra Meninas e Mulheres em Tempos da Pandemia COVID-19
A ONU Mulheres lançou na última na sexta-feira (07/08), em seu canal do YouTube, um documento com diretrizes para atendimento em casos de violência de gênero contra meninas e mulheres em tempos de pandemia de COVID-19.
O documento tem recomendações para atendimento remoto e reorganização do atendimento presencial, considerando a rede de atendimento a mulheres em situação de violência e as especificidades de resposta no acolhimento às vítimas nos serviços policiais, de saúde, de abrigamento, entre outros.
O objetivo é fortalecer a resposta para o enfrentamento à violência sofrida por meninas e mulheres neste período.
O evento de lançamento foi realizado em parceria com a União Europeia e ocorre em celebração dos 14 anos da Lei Maria da Penha.
Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya, a Lei Maria da Penha é mais que uma lei, é um instrumento que salva vidas, além de ser um marco histórico de vitória do movimento de mulheres no Brasil.
“Este ano celebramos seu 14º aniversário com as Diretrizes para Atendimento em Casos de Violência de Gênero contra Meninas e Mulheres em Tempos da Pandemia COVID-19, uma pequena contribuição da ONU Mulheres para o enfrentamento da pandemia silenciosa das violências contra mulheres e meninas”, disse.
O documento traz orientações e recomendações práticas para auxiliar e garantir o acesso das mulheres às medidas cabíveis nas situações de violência que estejam vivenciando.
Recupera princípios éticos no acolhimento às vítimas no contexto das medidas sanitárias para contenção da COVID-19, abordando também as etapas de atendimento em tempos de pandemia.
A apresentação foi feita pela pesquisadora Wânia Pasinato e a mediação ficará por conta da gerente de programas da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino.
As diretrizes são voltadas a organismos de políticas para mulheres, conselhos de direitos das mulheres, profissionais de serviços especializados/não especializados de atendimento a mulheres em situação de violência, bem como a quaisquer organizações que atendam mulheres de todas as idades e raças em situação de violência.
Apesar da escassez e dificuldade em produzir dados específicos no atual contexto, estudos parciais sinalizam para um aumento no registro de atendimentos de violência doméstica no 190 e no número de feminicídios no país.
Neste sentindo, é fundamental que exista inclusão das perspectivas de gênero e raça na elaboração e implementação de todas as medidas para a contenção do novo coronavírus, de acordo com a ONU Mulheres.
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