Iniciamos o mês de Julho com os fundos de investimentos de volta aos fundamentos e com isso a soja cai.
Depois de um pregão menos pressionado na sexta, com fundos ignorando momentaneamente os números do USDA e as questões fiscais entre Estados Unidos e China, os preços da soja na bolsa em Chicago hoje no primeiro pregão do mês, retomam viés baixista.
No auge do movimento o contrato com vencimento Julho que negociou em alta de quase 3 centavos durante a madrugada, na reabertura do pregão reverteu tendência e registrou mínimas a US$ 8,4575 – 13 centavos de queda. No momento está cotado com quase 8 centavos de baixa.
Voltando à Sexta-feira:
A particularidade de representar o último pregão do mês e do semestre, influenciou a atuação mais técnica dos fundos que promoveram ajustes em suas posições para de compras de sexta.
Nem mesmo os reportes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – USDA de Área de Plantio, apelidado carinhosamente no Brasil como Acreagem, e os de Estoques Trimestrais de Grãos, considerados neutros e levemente negativos, influenciaram.
O USDA divulgou que a área destinada à soja nessa temporada foi de 89,6 milhões de acres equivalentes a 36,3 milhões de hectares, representando a maior performance da oleaginosa em comparação a do milho em 35 anos. Na safra anterior a área destinada à soja foi de 90,142 milhões de acres, equivalente a 36,5 milhões de hectares.
Aqui fica evidenciada a fragilidade do produtor norte americano nessa temporada. Ele que seguidamente vem aumentando a área de grão devido a maior remuneração frente ao milho se vê prejudicado no mercado internacional.
Destaque: Tradicionalmente o milho sempre exerceu a preferência do produtor.
A decisão do produtor de aumentar a participação do grão, foi se confirmando e a evolução do plantio ocorreu paralelamente ao início dos conflitos fiscais. A decisão de Trump em taxar produtos chineses, O revide da China, o maior importador mundial do grão que não aceitou a imposição de tarifas e anunciou retaliações, gerando ampliação na tarifação por parte de Trump.
Para piorar o cenário do produtor norte americano, a China intensificou às compras de origem brasileira.
Os produtores norte americano, temerosos por perderem lucratividade e participação no mercado, além de todos as incertezas climáticas, tem um complicador extra e agora pressionam o governo para uma solução urgente.
Vale relembrar que os produtores do país entram no público que elegeu Trump e começam a divergir sobre as medidas adotadas.
Resumindo, após terem finalizado o semestre apresentado lucro líquido aos investidores, os fundos de investimento no momento processam os seguintes fatores:
Mas há que se destacar o viés positivo das Inspeções Semanais anunciadas no início da tarde que apontaram ritmo de embarques de soja em portos norte-americanos superior ao projetado. Além desse reporte, o USDA divulgará no final da tarde as Condições de Lavoura de soja, Milho e Trigo, entre outros.
- Dólar Index ( DXY) mais forte frente a cesta de moedas
- Área de soja grande;
- Mapas climáticos do dia com previsões próximas às adequadas para áreas de cultivo;
- Condições de Lavoura atuais superiores às de 2017;
- Indefinição geral sobre o impasse Comercial entre EUA e China ;
- Aproximação da data limite (06/07) para aplicação das Tarifas de Importação
Como complemento, o USDA também divulgou na sexta-feira os estoques de soja em 1º de junho de 2018.
Soja 1,222 bi bu (33,26 mi tons, levemente superior a expectativa geral do mercado em 1,218 bi bu – 33,15 mi tons.
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