O Agro Brasileiro vive uma realidade recente.
Há 3 anos atrás eu me preparava para participar de um encontro nacional das mulheres do Agro nos Estados Unidos enquanto o Brasil ainda engatinhava para a o seu primeiro congresso nacional.
De lá pra cá, fico feliz de ver o quanto o Brasil inovou. E ao se abrir à essa nova leitura, o Agro Brasileiro se transformou ao reconhecer e valorizar Profissionais Mulheres. 👏👏👏
E por que o nosso Agro conseguiu surfar essa onda com tanta facilidade ?
Eu acredito que o Movimento recente de “Empoderamento” que o mundo inteiro vinha vivenciando de reconhecimento, de Valorização e Capacitação das Mulheres, foi absorvido aqui no Brasil e em especial pelo Agro, setor tão ligado às empresas estrangeiras.
Não há dúvidas que o Agro brasileiro é vanguarda. É um setor engajado e que cresce acima dos demais. Representa ¼ do nosso PiB e certamente se abriu às mudanças com maior facilidade. Basta presenciar o aumento de mulheres na formação de cursos como Agronomia e engenharias diversas que até pouco tempo atrás praticamente inexistiam mulheres. Hoje em cursos de especialização as mulheres são metade do público ou então são público dominante.
Paralelamente, a isso, a Globalização tem papel importante no processo. As mídias digitais e as redes sociais veiculam com rapidez impressionante não só esses movimentos, mas também fatos importantes do Agro e que até então demoravam, dias para serem conhecidos e em alguns casos meses e em outros casos passavam por desconhecidos.
Nos dias atuais notícias importantes que acontecem em diversos países circulam muito rapidamente. Algo que acontece na China muitas vezes é reportado quase que instantaneamente.
Nesse mesmo momento da história, movimentos locais que já vinham sendo realizados por algumas iniciativas, contribuíram para ampliar o processo. Foram movimentos de alguns núcleos em vários estados , de alguns sindicatos rurais, e aqui incluo o movimento que fazemos na Labhoro, através das diversas Consultorias, cursos de Formação de Negociantes e especialmente o Projeto Missão Mulheres do Agro aos Estados Unidos, que vai para sua oitava edição. Todos eles conjuntamente contribuíram para semear transformações brasil afora e facilitaram a mudança de conceitos de muitos produtores e empresários.
Através das viagens técnicas presenciei o despertar profissional de muitas produtoras e sucessoras.
Mas sejam através de consultorias, cursos ou viagens como os da Labhoro, ou então por debates em núcleos e sindicatos, ou através de movimentos que envolvam Filantropia, o fato é que o Agro presenciou e motivou Mulheres a se posicionarem e se engajarem nessa onda de Transformação.
E a partir daí tivemos a explosão dessa onda com o advento de eventos nacionais voltado ao Público feminino.
Há quase 3 anos atrás o Agro Brasileiro consagrou o momento de mudanças ao anunciar o primeiro Congresso Nacional das Mulheres do Agro. E desde o primeiro momento o evento evidenciou a carência existente ao ser surpreendido com aproximadamente 800 inscrições.
Ano passado, tivemos a segunda edição do Congresso e em minha opinião, com os valores mais assertivos sobre o verdadeiro “conceito do “empoderamento da mulher do Agro, afinal não queremos ser mais que os Homens, queremos equivalencias. e ali nesse segundo congresso ficou deflagrado o potencial que tínhamos pela frente. A partir desse momento empresas passaram a nos procurar por consultorias nessa área.
E agora em 2018 nós nos preparamos para a terceira rodada do evento. E não tenho dúvidas que será um sucesso novamente.
Tanto é assim que já se nota que a partir desse Congresso, alguns estados do Agro do Brasil ampliam localmente o movimento.
Prova disso é que na última sexta feira eu pessoalmente participei de um Encontro em Cuiabá, Elas no Campo que reuniu aproximadamente 400 participantes. Fiz questão de participar, não só pelo evento ser filantrópico, mas também pela sinergia do Tema, e mesmo estando no Paraná e tendo que pegar um voo ruim na véspera e um voo de volta bem no meio da madrugada de sábado. Afinal não poderia ser diferente. Eu trabalho há tantos anos nessa bandeira que tinha que prestigiá-lo.
E foi uma surpresa agradável presenciar tantas lideranças mato-grossenses num mesmo local. O estado está tão bem representado. São Mulheres empresárias à frente de seu tempo e que impelmenteam e incentivam em seus grupos uma gestão inovadora ao possibilitar o engajamento e capacitação da profissional mulher.
Presenciar a cada apresentação ou debate dessas lideres, a identificação do público e a influência positiva pela energia do trabalho.
Não há dúvidas que todas saímos de lá com a certeza que muito conquistamos e que mais ainda está por vir. Foram reforçados ideais de EQUILÍBRIO e da valorização pelo Conhecimento. Temas que recorrentemente abordo.
Passado esse encontro agora aqui espero pelo efeito cascata: que venham muitos mais encontros regionais.
Espero ver estados como o Maranhão, Bahia, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, entre tantos outros, se mobilizarem para um encontro estadual. E se depender unicamente de mim, quero aqui estar em todos, seja com palestrante levando meu conhecimento, seja como participante, adquirindo conhecimento.
Aqui fica a certeza que no meu Paraná, colocarei em prática o ideal da Lorena Lacerda do Grupo Valure, que motivada pela energia do Congresso Nacional das Mulheres do Agro do ano passado idealizou o encontro Elas no Campo do Mato Grosso.
Um abraço e boa semana!
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