Olá! Quem leu meu o post de sexta feira, dia 06 que trata sobre a disparada dos prêmios da Soja no mercado brasileiro, e que quer saber como andam os prêmios no Brasil, recomendo a leitura.
Para os que acharam que os prêmios seguiriam puxando dia após dia, uma sensação de frustração, pois os referenciais deram uma balançada na sexta feira e cederam entre 20 a 40 centavos.
Dos US$ 1,90 reportados no pregão da terça feira passada, dia 03, para hoje dia 10, o referencial de comprador cedeu 55/60 centavos.
O produtor não sentiu tanto o ajuste dos prêmios no pregão de ontem, devido a forte alta do dólar e de Chicago. Hoje novamente a origem brasileira foi beneficiada. Enquanto os prêmios cederam mais um pouco, a conta da soja contou novamente com o apoio do dólar, que nas máximas do dia registrou R$ 3,4350 e com as altas da soja pós divulgação dos números de Oferta e Demanda americana e Mundial pelo USDA.
Os prêmios praticados nessa terça feira, oscilaram na faixa de US$ 1,35/1,30 para embarques maio e US$ 1,25 a 1,30 junho e julho.
Só pra você ter uma noção do quão alto estavam os prêmios aqui no Brasil em comparação aos praticados em Portos do Golfo nos EUA: A Argentina comprou 3 cargos de soja pra próxima temporada de origem norte americana. Se o prêmio da soja brasileira estivesse competitivo com o americano, nossos vizinhos pagariam mais caro pela soja dos EUA?
Pois, essa é lógica dos ajustes dos últimos dias. Os prêmios obviamente estão se ajustando ao mercado. Você reparou também que dia sim, outro também o USDA anuncia reporte de venda extra de soja e geralmente é para China ou Destinos desconhecidos? Destinos Desconhecidos geralmente atendem pelo nome de China. E por que China compraria soja dos EUA quando está em meio a uma guerra comercial com o país?
Primeiramente porque os chineses não são ingênuos e sabem que precisam de soja e até que os EUA de fato coloquem em prática a decisão de Trump, vai ainda certo tempo.
Enquanto isso, a sábia China corre ao mercado americano comprando soja com logística curta e com prêmios bem mais baratos. Paralelamente cobriu compras no mercado brasileiro e agora segue mais tranqüila esperando uma negociação diplomática do impasse estabelecido. Afinal até agora a guerra ficou em palavras, não é mesmo?
Se a Guerra continuar, quem sabe o Brasil passe rapidamente a importar soja americana.
No caso da Argentina, a importação serve para abastecer um mercado escasso e inflacionado, decorrente da seca avassaladora que quebrou 20 milhões de toneladas.
No caso do Brasil, no curto prazo, o país poderia colocar soja dentro de casa e exportar farelo em regime de drawback e abocanhar o mercado que foi perdido na Argentina. No longo prazo e se a guerra comercial continuar e se der conta, para abastecer o mercado interno e liberar estoque para exportação.
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