9 de dezembro de 2024

Entenda a relação entre o Coronavírus e as Commodities – Parte I

Com o aumento de pessoas infectadas com o coronavírus na China, crescem as preocupações sobre a desaceleração econômica chinesa. À medida que casos são confirmados também nos Estados Unidos, Europa e agora Brasil, a percepção da desaceleração da atividade econômica mundial amplia.

Quer saber o porquê ?

Quase como uma reação imediata, a população se sente ameaçada e passa a evitar aglomerações, deixa de fazer viagens a lazer, deixam de circular, ir a restaurantes e consumir na mesma proporção que o habitual.

Isso é instintivo. É uma reação normal do ser humano. Junte se a isso o fato que muitos países adotaram medidas preventivas como restringir voos e fechar barreiras.

Considerando que a doença avance, uma medida que pode ser tomada por algum pais é o fechamento de portos marítimos.

É isso sim resultaria em um complicador, pois mercadorias não chegariam ao seu destino e com isso a percepção de uma desaceleração evolução passaria a ser ainda maior.

Como temos uma tendência de um indústria com produção maia ajustada, podemos ver uma freada na atividade industrial. Pois faltariam insumos para essa produção.

A China, país que concentra o maior número de casos afirma estar vigilante. O país se preparava para seu feriado mais importante, o Ano Novo Lunar, quando oficializou os primeiros casos e se obrigada a tomar medidas drásticas, porém importantes.

Determinou de imediato o isolamento total das cidades que reportam casos da doença e a construção de hospitais em curtíssimo tempo para atender a demanda galopante.

Somente na China, até o dia 29, havia 7.700 casos confirmados. Wuhan, sétima cidade mais populosa, está localizada na província de Hubei é o epicentro do surto.

Com o isolamento das cidades, milhões de chineses que aproveitariam o longo feriado deixaram de viajar e de festeja e com isso o consumo de proteínas, especialmente de carne de porco que é a mais consumida durante as festividades, caiu aliviando a pressão de demanda. Com isso gasta-se menos alimento, combustível… ou seja, a atividade comercial geral no varejo despenca. Inclusive em razão da gravidade, o feriado no país foi alongado justamente para facilitar o isolamento e tentar controlar a doença.

E é por isso que em casos assim, os mercados financeiros ficam nervosos e os investidores, na dúvida, diminuem sua exposição financeira em ativos como as commodities e ações e alocam recursos em ativos mais seguros como dólar e outro.

Esse é o exemplo do que aconteceu nos últimos dias como o petróleo (commodity energia) café, soja, milho, trigo ( commodities agrícolas).

E se você ampliar o entendimento que essa estratégia não é somente de um ou de outro fundo e sim de vários grupos financeiros, temos em alguns momentos os mercados provocando o estouro da manada. Esse efeito acontece quando muitas pessoas decidem quase que ao mesmo tempo entrar ou sair de determinados ativos.

Essa é a grande razão para termos presenciado a soja cotar mínimas a 8,89 contrato com vencimento março e o dólar à vista US$ 4,23.

Esse texto continuará em um próximo post…

 

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