O Dia do Leitor é comemorado anualmente em 7 de janeiro.
Esta é uma data dedicada às pessoas que são apaixonadas pela literatura e amam livros!
E as autoras do @livromulheresdoagro oferecem a você, leitor, uma inspiradora opção de leitura que conta histórias incríveis das Mulheres do Agro.
Nosso carinho e respeito a todos os queridos leitores!!!
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Origem da data
No dia 7 de janeiro de 1928, o jornal diário “O Povo” começou a circular em Fortaleza, no Ceará. Seu fundador, o poeta e jornalista baiano Demócrito Rocha, foi formado em Odontologia e chegou a ser telegrafista e deputado federal.
Para homenagear Demócrito e seu jornal, e a todos os apaixonados por ler, a data de fundação do periódico passou a celebrar o Dia do Leitor no Brasil.
“O Povo” e a literatura
Em 1929, no segundo ano de atividade, o jornalista criou o suplemento literário “Maracajá”, que passou a circular junto ao jornal. Esse caderno se tornou um dos principais divulgadores do modernismo literário do estado e do Nordeste.
Em suas páginas, a revista literária publicava textos de escritores e intelectuais cearenses, como Rachel de Queiroz, Jáder Moreira de Carvalho e Antônio Filgueiras Lima, que classificou Demócrito como “a coluna mestra do modernismo no Ceará”. Demócrito também escreveu a maioria de seus poemas no “Maracajá”, mas sempre assinou com o pseudônimo de Antônio Garrido.
No primeiro aniversário do jornal “O Povo”, o jornalista publicou um de seus mais consagrados poemas: “O Rio Jaguaribe é uma artéria aberta”. Os versos se tornaram um ícone representativo do movimento modernista cearense.
Demócrito Rocha foi membro da Associação Cearense de Imprensa e, em 1930, ingressou na Academia Cearense de Letras. Faleceu em 1943, aos 55 anos, vítima de tuberculose.
Confira trecho do primeiro editorial do jornal “O Povo”, escrito por Demócrito Rocha, em 1928
“(…) É no jornal que o povo encontra o seu pão espiritual de cada dia. O jornal descortina-lhe o mundo, vencendo distâncias. É a lanterna mágica do progresso. É a força propulsora e condutora das massas insatisfeitas, para as grandes reivindicações de seus direitos postergados pela cáfila absorvente dos magnatas de todos os tempos.
Quando o povo geme escravo, entorpecido pelas algemas do cativeiro, indiferente à violência paralisante do grilhão, o jornal é o sangue novo, forte e generoso a nutrir-lhe as células dormentes, a despertar-lhe os neurônios amortecidos, a ondear-lhe, nas veias, a torrente vigorosa e enérgica da revolta. O povo precisa de mais gritos que o estimulem, de mais vozes que lhe falem ao sentimento. Eis por que surgimos…”
Fontes: Fundação Demócrito Rocha e Academia Cearense de Letras.
“É preciso que a leitura seja um ato de amor” (Paulo Freire)
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