21 de dezembro de 2024

Argentina e EUA & China e EUA – Casos de Amor e Ódio Influenciando o Preço Mundial da Soja

Argentina & EUA vivem um recente e inusitado caso de amor e esse novo relacionamento comercial vem atraindo curiosidades.

 O porquê do mercado agrícola argentino monitor ofertas de Soja dos Estados Unidos e se antecipar e comprar grão já para a próxima temporada (2018/2019) será tema de um outro post aqui nos próximos dias, mas por agora basta saber que na terça-feira passada, 24, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, reportou que pela terceira vez nessa temporada, que nossos vizinhos argentinos compraram mais 130 mil toneladas de Soja.

 E hoje, segunda feira, o USDA acaba de reportar que o país vizinho adquiriu mais 120 mil toneladas!

 Isso só comprova que o mercado todo sabe: Que os prêmios de soja praticados no Brasil ainda seguem mais firmes quando comparados aos praticados pelos Estados Unidos, seja Portos do Golfo, ou Portos do Pacífico Norte  – PNW, tanto em safra velha como em safra nova.

E aqui um parênteses. Eu não estou dizendo em momento algum que há uma distorção de parâmetros ou que está tudo errado e os prêmios precisam ceder.

Nada disso, pelo contrário!

Apenas estou pontuando e valorizando o fato que o Brasil enfim surfa uma onda muito peculiar e está sabendo tirar proveito de uma situação externa.

E aqui o meu reconhecimento e parabéns ao mercado brasileiro que foi ágil para visualizar a onda que estava se formando!

É fácil entender que esse movimento só foi possível porquê a comercialização do Brasil vinha atrasada e as ofertas na origem, leia-se produtor, estavam represadas. Os produtores esperavam por oportunidades e elas fato aconteceram – Dólar Subiu e Prêmio Disparou.

Com essa situação, o Brasil aproveitou a oportunidade ao cavar espaço e se consolidar como a “ bola da vez” no quadro de oferta mundial.

 A origem brasileira aproveitou e ainda se aproveita do fato da China querer garantir toda a soja de origem diferente da  norte americana.

Vale destacar o óbvio: Na safra atual, a Argentina não consegue competir no mercado internacional, devido a forte quebra de safra da ordem de 20 milhões de toneladas, tanto é que esta inclusive comprando soja dos EUA para garantir o equilíbrio do meu mercado.

Paraguai e Uruguai têm uma logística que favorece à Argentina, porém algo deve ser escoado para os asiáticos e mais a frente, a safra de Roraima, que será colhida em setembro, outubro, também deve ser em grande parte escoada para os chineses.

Mas aqui atenção! Os prêmios subirão ou ao menos se manterão indefinidamente nesses patamares?

A resposta a essas dúvidas está altamente relacionada aos desdobramentos da Guerra Comercial EUA & China. E isso precisa ser acompanhado dia a dia.

Se confirmada, e isoladamente, seria normal que os prêmios no Brasil se reacomodassem.

Sem outros fatores, os preços em Chicago subiriam pela valorização da Demanda da China pra soja dos EUA.

Mas fatores como o fluxo do plantio de milho e soja no meio oeste americano e o quanto a indústria no Brasil já garantiu de soja para rodar as plantas no exercício 2018, entrarão na fórmula dos preços da soja.

Apenas como complemento, na sexta-feira, 27 quando o mercado foi tomado por rumores que China e EUA estavam próximos a um acordo sobre as tarifas, os prêmios deram uma arrefecida. Negócios foram reportados entre 110 a 112 acima do Julho para embarques junho e 120 a 122 para embarques julho.

 

 

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