24 de outubro de 2024

Chuva, Chicago e Soja

O acompanhamento do clima vem com força justamente em uma fase de replantio em algumas áreas do cinturão do Brasil; veja análise

Nada mais previsível que uma segunda-feira, pós feriados de Ação de Graças nos Estados Unidos, final de mês, com fundos de investimentos comprados em soja que estavam insistindo nos últimos dias sem sucesso em levar os preços da soja aos 12 dólares que fossem deixar passar batido colocar dinheiro no bolso?

Pois é, a chave para movimento de ontem e de hoje está nas chuvas. Nada mais previsível que a oportunidade de realizar lucro após os registros de chuvas que aconteceram no final de semana no Brasil, Paraguai e Argentina.

Após tantos meses de um movimento forte de alta com preços direcionados por quase que exclusivamente um fator – demanda chinesa para o grão norte americano, uma correção de preço como a observada é necessária e bem vinda para garantir o equilíbrio e a saúde do mercado.

Vale pontuar que este é um momento de transição, uma fase em que o interesse de mercado retorna à América do Sul. O acompanhamento do clima vem com força justamente em uma fase de replantio em algumas áreas do cinturão do Brasil. Com as chuvas do final de semana os trabalhos devem se aproximar de 85% da área nacional. Daqui para frente a evolução do plantio da Argentina também passará a ser mais acompanhada de lupa.

Mesmo com uma área recorde e com toda tecnologia aplicada, o atraso nos trabalhos de plantio, a falta de umidade e altas temperaturas empurraram os trabalhos de plantio e replantio para fora da janela ideal em algumas regiões assim como o déficit de chuvas derrubou o potencial produtivo da safra brasileira. Esse déficit pode ser compensado por outras regiões.

Por agora o que se vê é a tendência de casas de consultoria revisarem suas projeções para a safra brasileira entre 1 a 4 milhões de toneladas.

Em tempos normais este seria um momento em que produtores norte americanos não vendem. Sazonalmente costumam ser mais conservadores após suas colheitas. Já venderam o necessário para pagar suas contas e novas vendas apenas costumam acontecer no próximo ano. Vamos analisar nos próximos dias como será a demanda pelo grão para uso doméstico. Se o rigor do inverno norte americano demandará de mais farelo para uso animal.

Talvez aí esteja a chave para prêmios mais fortes no mercado interno sustentando a ausência da China como compradora do mercado norte americano e mesmo com a quebra e o atraso da entrada da soja brasileira, a competitividade da safra norte americana deve começar a migrar para sul-americana.

Um forte Abraço,

 

 

Fonte: Agroinspiradoras – Canal Rural

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