Fim do vazio sanitário, Brasil iniciando o plantio da próxima temporada de grãos e nas últimas semanas o mercado agrícola através das casas de climatologia vem falando sobre a possibilidade de um La Niña.
Mas afinal o que é e o que ele representa para a agricultura? Vamos lá…. La Niña é um fenômeno natural oceânico-atmosférico marcado por temperaturas superficiais do mar mais frias do que a média no Oceano Pacífico central e oriental perto do equador, o oposto de El Nino, que apresenta temperaturas da superfície do mar mais altas do que a média naquela região.
Para os próximos meses, os cientistas da Administração Oceânica e Atmosférica afirmam que há 75% de chance de que o La Niña esteja ativo entre os meses de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021.
Nos EUA, o evento climático normalmente favorece precipitação acima da média e temperaturas mais baixas que a média na região mais ao norte do país e para o sul do país precipitação abaixo da média e temperaturas acima da média. Para a região sudoeste, um alerta pela possibilidade de condições de extrema seca.
No Brasil, as consequências do resfriamento dos oceanos devem ser observadas nos próximos meses. Apesar de aumento na oferta de chuvas em algumas regiões brasileiras, o acumulado será menor que o normal.
No Paraná e em parte das Regiões Sudeste e Centro-Oeste, poderá ocorrer um atraso no plantio das culturas de primavera/verão como soja, cana de açúcar e milho. No Rio Grande do Sul, há previsão de chuva frequente até dezembro, padrão que deverá contribuir para o desenvolvimento de culturas como o milho. Embora atualmente o calor esteja intenso, a tendência é de uma primavera e um verão menos quentes. Por outro lado, como o fenômeno não será dos mais intensos e sua duração também não será longa.
Na reta final da safra, o cenário do La Niña costuma favorecer temperaturas abaixo do esperado durante o período de colheita no Centro-Oeste e Sudeste, e chuva acima da média também para a região Nordeste, o que pode atrapalhar os trabalhos de campo. Em parte do Sul, a condição para falta de chuva persiste, mas sem grandes extremos.
Adicionar comentários