Consumo das famílias impulsionou serviços e favoreceu o resultado, enquanto indústria recuou 0,5%; frente a igual período de 2016, foi a 1ª alta após 12 trimestres.
A economia brasileira cresceu 0,2% no segundo trimestre de 2017, na comparação com os três primeiros meses do ano, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (1º). Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 1,639 trilhão.
ENTENDA O PIB E COMO ELE É CALCULADO
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. No primeiro trimestre, a economia avançou 1,0%, interrompendo uma sequência de dois anos de PIB negativo.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 0,3%. Foi a primeira alta após 12 baixas seguidas. A última vez que a taxa ficou positiva nesta base de comparação foi no primeiro trimestre de 2014, quando avançou 3,5%.
IBGE não vê recuperação; economistas discordam
Para o IBGE, no entanto, ainda não é possível dizer que a economia está em recuperação. “É uma variação positiva. A gente nem chama de crescimento. Apontamos crescimento quando é superior a 0,5%”, ponderou coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque Pali.
“Estamos num ciclo ascendente da economia. Mas ainda não dá para chamar de recuperação.”
No entanto, para economistas ouvidos pelo G1, o resultado do PIB do segundo trimestre mostra que há sinais de uma recuperação consistente da economia.
“A gente percebe que esse maior dinamismo do consumo está batendo nos serviços, e temos mais fundamentos daqui pra frente para o crescimento consistente da economia”, afirmou Alessandra Ribeiro, economista da Tendências.
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