22 de dezembro de 2024

Missão Mulheres do Agro – mais uma pra conta

Mais uma missão pra conta. A minha nona ao cornbelt dos EUA.

Cada ano um ano, um grupo diferente, propósitos e temas diferentes. Iniciamos dia 13 e retornamos dia 23. Ao todo em nossa imersão agro foram 11 dias de grande interação, com troca de conteúdo técnico e também de vivencias pessoais.

Com a participação de 3 profissionais dentro da porteira e 3 fora da porteira e essa diversidade permitiu que as profissionais agregassem conteúdo de outros segmentos. Nossos dias iniciavam cedo e finalizavam tarde tanto é que em 7 dias de programação técnica tivemos 15 compromissos.

Com um grupo tão entusiasmado e todas com um desejo incrível de aprender o máximo que estava sendo oferecido, senti verdadeiramente orgulho ao perceber que a missão foi considerada um sucesso.

Estávamos em “apenas” 6 e aqui alguém se comparar com os grupos que saem do Brasil durante a Farm Progress Show pode até dizer “que grupo pequeno!” Mas vou logo explicando que foi exatamente do jeitinho que eu havia programado.

Esse ano vindo de uma agenda repleta de eventos profissionais e repetidos compromissos decorrentes do livro que estou escrevendo com três amigas, eu me propus a fazer uma Missão com conceito Boutique e com isso pude me dedicar intensamente a esse seleto grupo e a ele dar o meu melhor em mentoria.

E acreditando que o universo reúne pessoas com os mesmos propósitos, o grupo de 2019 embora bem eclético foi incrível e 100% nota 10. E essa intensidade e sinergia me fizeram reforçar meus propósitos de continuar a buscar maneiras diferentes e inusitadas de gerar ainda mais conteúdo e conhecimento as mulheres do agro.

Em 7 dias percorremos 2.100 quilômetros no coração do meio oeste norte americano e visitamos cinco propriedades de soja, milho e trigo de porte médio e grande.  Não visitamos apenas propriedades, visitamos amigos, famílias que há anos nos recebe com carinho e atenção. Talvez uma das maiores conquistas que o agro em permitiu, além de gerar conhecimento, foi através dessas missões criar pontes, reforçar laços e promover amizades verdadeiras.

Na programação também visitamos uma empresa sementeira de soja e milho e entendemos como funciona a consultoria dessas empresas as famílias produtoras, como se faz a venda, como se acompanha o trabalho de plantio, desenvolvimento de safra, colheita. Como as empresas fazem estudos para aprimorar suas variedades e acima de tudo como é o sistema de reposição de sementes caso seja necessário replantio – que foi o caso desse ano.

Visitamos uma jornalista agro responsável pelo site de uma importante revista voltada para o agro, que faz parte de um importante grupo de mídia e que tem uma relação intensa com o papel da mulher nos Estados Unidos.

Na parte logística,agregamos informações sobre a modalidade rodoviária e ferroviária e visitamos um terminal fluvial no Rio Illinois. O grupo pode ver a prática com a passagem de barcas de graneis e químicos, o sistema eficiente de transporte que conecta o norte do país aos portos do golfo do México.

Também visitamos um museu de uma marca de máquinas agrícolas, visitamos uma indústria processadora de soja e vimos o sistema integrado da fábrica. Desde a classificação e recepção da matéria prima (soja), ao armazenamento, esmagamento e as linhas integradas de fabricação de farelo de soja e de óleo de soja. Nessa unidade totalmente interligada e moderníssima, é possível fabricar os reservatórios que serão usados no envaze de óleo.  São três linhas paralelas de envase que pode ser destinada a diferentes marcas e propósitos.

Lá presenciamos a recepção do farelo de soja vindo da linha de produção e simultaneamente o carregamento do produto do armazém diretamente para o vagão do trem.

Visitamos a indústria e a fazenda experimental de uma empresa de nutrição foliar que está presente no Brasil. Na fazenda experimental de 200 acres vimos aproximadamente 500 estações de testes de sementes que estão no mercado e que entrarão no mercado dos Estados Unidos em 2 anos.

Como o tema da missão desse ano foi “Os feitos da Guerra Comercial no Agro dos Estados Unidos” fomos conversar com um executivo de uma das principais instituições financeira dos país. Tivemos uma aula sobre as linhas de financiamento ao agro e acompanhamos as dificuldades financeiras dos produtores em meio as disputas entre China e EUA.

Visitamos duas casas de consultoria, cada qual com suas visões sobre o comportamento de preços para o mercado brasileiro e visitamos as instalações da Bolsa de Chicago e infelizmente vimos um pit esvaziado e quase sem mais funcionários de casas corretoras atuando. Hoje o grande volume negociado é eletrônico. Quase 4 mil funcionários, maioria predominante de homens, foram sendo dispensados à medida que as negociações globalizaram. A bolsa se adaptou a “presença “constante e crescente do mercado asiático e com isso as ordens de computadores começaram a ser executadas.

Bom, como disse no começo dessa matéria, a Missão Mulheres do Agro da Labhoro desse ano foi incrível e cheia de sinergia e confesso pra você que já de volta ao Brasil me pego em um desafio de montar um projeto para uma indústria do agro de projetar uma Missão com a minha assinatura e para um grupo grande.
E em paralelo já me pego anotando insights sobre a próxima missão da Labhoro aos EUA que será completamente inédita e em formato inovador.
Quem sabe eu não te vejo numa dessas missões em 2020?

Um forte abraço,

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