21 de dezembro de 2024

13/07: Dia Nacional dos Cantores e Compositores Sertanejos

A viola, instrumento de cordas parecido com o violão na forma e na sonoridade, foi trazida para o Brasil pelos jesuítas para fazer parte da orquestra típica de catequese. Portanto, as raízes do ritmo rural estão no início de nossa colonização.

Chamada “moda de viola”, a música sertaneja fazia parte apenas da vida do peão de boiadeiro, do tropeiro e da vida solitária do sertanejo, que tinha um pouco de tristeza, melancolia e mistério. Aos poucos, esse estilo musical passou a animar os bailes populares brasileiros, de norte a sul.

A música sertaneja popular só apareceu no Brasil no século XVIII, como expressão cultural das populações das cidades coloniais do Rio de Janeiro e de Salvador. Com grande variedade de gêneros e ritmos regionais, essa música reflete a diversidade cultural do País. Desde a sua origem, mistura elementos da canção folclórica e erudita, incorpora e transforma ritmos estrangeiros.

Por isso, todas as composições desse período têm autor desconhecido. A partir do início do século XIX, os compositores-cantores ganharam destaque. Surgiu Chiquinha Gonzaga e Viriato Correia, dentre outros. Catulo da Paixão Cearense, poeta e compositor conseguiu, com sua música “Luar do sertão”, transportar para a cidade a visão do mundo do sertanejo.

Em 1910, o folclorista, jornalista, poeta, cantor e escritor Cornélio Pires financiou e gravou o primeiro disco de música caipira, mobilizando cantores e compositores para divulgarem nas cidades a moda da viola. A partir de 1920, começaram a aparecer as primeiras duplas sertanejas, destacando-se a de Jararaca e Ratinho, em 1927. O estilo do interior paulista fez sucesso com a Turma Caipira de Cornélio Pires, formada por cantores e violeiros, em 1929. A participação do rádio brasileiro como o único veículo de informação para todo o interior brasileiro popularizou as conhecidas duplas Alvarenga e Ranchinho, Tonico e Tinoco, e outras.

A nova música sertaneja assumiu a era da globalização entre as décadas de 1970 e 1980, em que valia tudo, principalmente o lucro das gravadoras. As chamadas “duplas caipiras” buscaram uma nova imagem que fosse a mistura de hábitos e costumes da pessoa que havia deixado o campo e tentava se adaptar à modernidade das grandes cidades, seguindo a tendência mundial do “country” americano.

Contudo, a música sertaneja resistiu. A criação do programa ‘Som Brasil”, apresentado pelo violeiro e cantador Rolando Boldrin, foi muito importante nesse momento. Foi também marcante a presença do cantor e compositor Renato Teixeira; com a música Romaria, se fez um elo entre o sertão e a cidade. De fundamental importância para esse resgate foi também a dupla Pena Branca e Xavantinho, que jamais abandonou a sua verdadeira origem caipira.

Hoje, mais do que nunca, estão se fortalecendo pelo País movimentos de preservação da identidade cultural por meio da música sertaneja, mediante compositores e cantores como Helena Meireles, Chico Lobo, Paçoca, Zé Mulato e Cassiano, mestre Renato Andrade, Ivan Vilela, Téo Azevedo, Jackson Antunes, Almir Sater, Tião Carreiro e outros.

Retirado do livro: ‘Datas Comemorativas cívicas e históricas’, Paulinas Editora.

Fonte

🤠🤠

E nossa homenagem mais que merecida para os amigos Zé Gabriel e Rafael, que nos enchem de orgulho!!!
Parabéns @zegabrielerafael, esta dupla sertaneja excepcional de cantores e compositores do nosso Brasil 🎙🤓

 

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